De certa forma, pode-se dizer que Claudio Monteverdi
pertenceu tanto ao Período Renascentista, quanto ao Barroco, pois tem existe
registro a seu respeito em ambos. Em
relação ao período Renascentista, Claudio explorou todas as possibilidades que
a liberdade do madrigal ofereceu. Isso tanto na escrita quanto na forma.
Ele
realizou seus estudos em sua cidade natal, Cremona. Aos quinze anos já havia
publicado um moteto a três vozes, e o primeiro de seus oito livros de madrigais
aos dezesseis. Tanto o madrigal quanto o moteto são gêneros polifônicos.
Trabalhou como violinista, organista, maestro da corte e mestre de capela.
Casou-se com a cantora Claudia Cattaeno em 1595. Revolucionário e sempre a frente
de seu tempo, foi ele quem deu o passo decisivo do madrigal para o canto em
uníssono, e ao mesmo tempo do canto a
capela para o acompanhamento musical.
É considerado o último grande madrigalista, certamente o maior compositor italiano
de sua geração, um dos grandes operistas de todos os tempos. Com certeza foi
uma das personalidades mais influentes de toda a história da música do ocidente. Lendo sua história, é possível observar que
não criou nada novo. No entanto, seu
status musical procede, em grande parte, pelo emprego de recursos existentes
com uma força e eficiência sem comparações em sua geração, integrando
diferentes práticas e estilos em uma obra pessoal, rica, variada e muito
expressiva, que continua a ter um apelo direto para o mundo contemporâneo.
Uma de suas óperas, La favola d’Orfeo, contou com ampla
participação orquestral, principalmente com instrumentos de cordas. Esta obra,
famosa até hoje, é dedicada ao mito de Orfeu, onde Monteverdi mantém o final
trágico. Foi pouco depois do sucesso dessa ópera que perdeu sua esposa. Na
evolução de seu estilo, nada foi arbitrário ou dispensável. Ao
contrário disso, tudo é provado, refletido e válido. Qualquer que seja o tema
literário, seus textos apresentavam um papel fundamental, determinando a
música. Além das obras de sua juventude, no estilo da renascença e de algumas
obras dispersas em coleção, a obra de Monteverdi consiste em três coletâneas
fundamentais: Sanctíssima Missa Senis vocibus... ac vesperal plurubus decantadae cum nonnulis
sacri concentibus, Selva Morale e Spirituale e Messa a Quatro Voci e Salmi.
Analisando
sua produção, entende-se o quanto Claudio Monteverdi foi essencial, não somente
em seu tempo, pois sua reputação de compositor europeu mais importante da
primeira metade do século XVIII continua até hoje. Ele transmitiu seu legado
aos que o sucederam, deixando ferramentas para possibilitar meios de
superá-los. Tais meios parecerão por muito tempo inesgotáveis e essenciais.
Monteverdi
foi o derradeiro dos grandes compositores polifonistas, mas os seus últimos
madrigais tendem para a música dramática do período Barroco. também tornou-se
um dos responsáveis pela passagem da tradição polifônica do Renascimento para
um estilo mais livre, dramático e dissonante, baseado na monodia e nas
convenções do baixo contínuo e da harmonia vertical, características centrais
da música dos períodos seguintes, o Maneirismo e o Barroco.
Faleceu em 1643, acometido por uma breve doença
diagnosticada como uma “febre maligna”. Recebeu um funeral grandioso na
Basílica de São Marcos, com um enorme público Seu corpo foi sepultado na
Basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari, lugar onde lhe foi erguido um
monumento.
REFERÊNCIAS
CANDÉ, Roland de. HISTÓRIA UNIVERSAL DA MÚSICA. 2. Ed.
São Paulo, Martins Fonseca: 2001
HELMANN, Monika. UMA HISTÓRIA DA MÚSICA PARA CRIANÇA. UMA
FACINANTE VIAGEM NO TEMPO. São Paulo. Martins Martins Fontes: 2001
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